"Quase não conseguia compreender o que se passava. Os ruídos
neutralizavam-se mutuamente e eu tinha a sensação absoluta de que os
meus ouvidos eram alternadamente feridos por ondas de silêncio gelado e
por um roncar surdo desprovido de sentido. O mesmo acontecia com as cores
— o dourado e o vermelhão, o violeta e o verde, o amarelo e o azul
acinzentado —, todas palpitando e fervilhando, como que fundindo-se numa
única cor, em que agora o ouro, depois o vermelho, assumiam a
dominância." (Yukio Mishima, Confissões de uma Máscara)
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